Exposição de Pintura "Sebastião Fortuna, o Pintor de Sonhos"
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Exposição de Pintura "Sebastião Fortuna, O Pintor de Sonhos"

Exposição de Pintura

"Sebastião Fortuna, O Pintor de Sonhos"

Sebastião Fortuna com o quadro «É preciso acender faróis», 2015.

Entre 24 de outubro e 7 de novembro, período que coincide com a Festa de Todos os Santos (de 31 de outubro a 2 de novembro), terá lugar em Quinta do Anjo, na Casa do Arrabidine, uma breve exposição de quadros pintados por
Sebastião Fortuna.
Este evento tem como finalidade prestar uma homenagem póstuma ao «pintor de sonhos» e dar a oportunidade de adquirir uma das suas telas, uma vez que reúne algumas das últimas obras realizadas pelo pintor, bem como outras que guardou na sua coleção pessoal.
Sebastião Antunes de Matos Fortuna, natural de Quinta do Anjo, nasceu a 20 de janeiro de 1936, o penúltimo de 9 irmãos, e faleceu a 14 de janeiro de 2023, aos 86 anos.
Era um homem simples e com objetivos claros: só queria que gostassem dele. Dono de um entusiasmo invulgar, desempenhou mais do que os sete ofícios da expressão popular. Desde muito novo quis ser artista, mas a vida fê-lo ser primeiro vendedor de jornais, carroceiro, tanoeiro, atleta do Benfica, ciclista do Louletano, mecânico de bicicletas, comerciante, pintor de cerâmica...
Os tumultos do pós-25 de Abril de 74 empurraram-no para a ilha Terceira, Açores, onde pôde, finalmente, tornar-se pintor. Durante quase uma década foi o artista da ilha Terceira, adorado pelos norte-americanos que ali moravam e que levaram as suas obras para os quatro cantos do mundo.
Nunca desperdiçando um bom desafio, no início dos anos 80 aceitou pintar alguns painéis de azulejos para Base Militar das Lajes, algo que nunca tinha feito antes. As questões técnicas do desafio fizeram-no a regressar à sua aldeia natal e recomeçar (quase) do zero. Precisava de criar um ateliê e formar uma equipa para o ajudar. Assim, tornou-se artesão, pedagogo e empresário. De pessoas em busca de um rumo na vida fez pintores, ceramistas, escultores, ferreiros e carpinteiros. De cantarias abandonadas e de restos de ruínas, fez de raiz, desde a primeira pedra à última telha, o espaço ainda hoje conhecido como «Fortuna Artes e Ofícios».
Ali recebeu todos com atenção e carinho, tanto famosos como ilustres desconheci- dos. Só para dar um exemplo, aconselhou Maria João Pires, a maior pianista portuguesa, na construção do Centro Cultural de Belgais, no distrito de Castelo Branco.
A fama não mudou Sebastião que, humilde, seguiu o seu caminho, sempre fiel aos seus princípios, lutando contra dificuldades e moinhos de vento.
Nas últimas décadas de vida voltou a dedicar-se ao que mais gostava: a pintura. Mantendo sempre o sonho de não deixar morrer as artes tradicionais e ajudar o próximo.
Toda a sua vida foi aprendiz. A sua arte, de inspiração naturalista e ingénua é, segundo as suas próprias palavras, o resultado da «criatividade artística ditada pela alma», sendo por isso o «Pintor de Sonhos».

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